Localizada a menos de uma hora de Lisboa, Sintra é como um conto de fadas. Com as suas montanhas ondulantes, florestas, jardins exóticos e palácios cintilantes, é parada obrigatória em Portugal.

Sintra foi designada patrimônio mundial pela UNESCO em 1995. Seu centro listado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, Sintra-Vila, é pontilhado por solares em tons pastéis dobrados em colinas luxuriantes que descem até o azul do Atlântico. Sintra possui uma beleza que foi celebrada por Lord Byron no seu poema Childe Harold’s Pilgrimage, e o escritor inglês Robert Southey referiu-se a Sintra como “o local mais abençoado de todo o mundo habitável”.

Em um dos picos da montanha está o Palácio da Pena, um castelo do século XIX, construído para a Rainha D. Maria II pelo seu jovem consorte alemão, Fernando II. Nos extensos terrenos do castelo, Fernando criou o Parque da Pena, um conjunto de jardins e caminhos que incorporam mais de 2.000 espécies de plantas domésticas e não nativas. Adotando, vagamente, as convenções estabelecidas pelo movimento dos jardins ingleses no século 18, o parque incorpora elementos naturais por toda parte, adaptando-se ao terreno acidentado da área em vez de remodelá-lo.

Noutro cume, encontra-se o Castelo dos Mouros, construído nos séculos VIII e IX. O palácio real do século XV, uma mistura de arquitetura mourisca e gótica degradada, fica na parte velha de Sintra. O palácio serviu de refúgio à família real durante os meses de verão, quando Lisboa podia tornar-se desconfortavelmente quente, e em épocas de peste. Embora danificado no terremoto de 1755, o palácio foi cuidadosamente restaurado e, no século XXI, mais de 400.000 turistas o visitam a cada ano. Estes edifícios e o vizinho Palácio de Monserrate e o seu parque estão entre os melhores exemplos de paisagismo da Península Ibérica.

Castelo dos Mouros

A Quinta da Regaleira

Construído por um excêntrico maçom livre, a Quinta da Regaleira abriga o misterioso poço de iniciação e está cheio de símbolos pagãos e ocultistas. É um lugar meio no real e meio num mundo imaginário. Com arquitetura inteligente, explorando uma infinidade de crenças místicas, ao longo do tempo e muitas culturas diferentes, o palácio conseguiu criar uma atmosfera de encantamento.

Talvez, quando consideramos o dona da propriedade, sua arquitetura sobrenatural possa parecer menos inexplicável. O rico excêntrico que comprou o lugar, Carvalho Monteiro, era um etimólogo com grande amor pela poesia lírica. Ele tinha uma verdadeira paixão pelas ciências naturais e dedicou muitos anos de sua vida estudando os insetos do Brasil e da Europa. Esta combinação de interesses, aliada a sua espiritualidade maçônica, deu origem à mágica Quinta da Regaleira.

Seu arquiteto, o italiano Luigi Manini, também foi cenógrafo que criou cenários teatrais. Manini foi um gênio criativo e conhecido pelo seu estilo neo-manuelino. A Quinta da Regaleira é, possivelmente, uma das suas obras mais impressionantes, combinando elementos místicos de várias épocas, fundindo-os na bela floresta de Sintra.

ainda…

Não dá para deixar de passar em Azenhas do Mar, uma típica aldeia portuguesa localizada ao pé a serra de Sintra, não mais do que 25 minutos, de carro, partindo da Quinta da Regaleira. A vista é deslumbrante quando se chega ao local. Aproveite o café e peça uma porção de mariscos com um bom vinho da região.